Obesidade é uma doença crônica grave que merece muita atenção, principalmente, por estar relacionada ao desenvolvimento de outros problemas graves de saúde.

O QUE É A OBESIDADE?

Obesidade é o acúmulo de gordura no corpo, que pode ter diversas causas, mas ocorre principalmente pelo consumo excessivo de calorias e pela falta de atividades que possam queimá-las. Ou seja, a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE OBESIDADE?

Além de ser classificada de acordo com o peso, a obesidade também varia de acordo com a localização e distribuição da gordura pelo corpo:

 

1) Obesidade Abdominal:

A gordura se deposita principalmente no abdômen e na cintura, podendo também se distribuir pelo peito e rosto. Este tipo de obesidade também é conhecido como andróide ou obesidade em forma de maçã, devido à semelhança da silhueta da pessoa com esta fruta, e é mais comum em homens, embora algumas mulheres também possam ter.

A obesidade abdominal está muito associada com grande risco para desenvolver outras doenças cardiovasculares como colesterol alto, doenças cardíacas, infarto, além de diabetes, inflamações e trombose.

2) Obesidade Periférica:

Este tipo de obesidade é mais comum em mulheres, pois a gordura se localiza mais nas coxas, quadris e nádegas, e é conhecido como obesidade em pêra, devido ao formato da silhueta, ou obesidade ginóide.

A obesidade periférica é mais associada a problemas circulatórios, como insuficiência venosa e varizes, e osteoartrite nos joelhos, devido à sobrecarga do peso nestas articulações, apesar de também aumentar o risco de doenças cardíacas e diabetes.

3) Obesidade Homogênea:

Neste caso, não há uma predominância da gordura em uma área localizada, pois o excesso de peso está distribuído pelo corpo. Isto pode ser perigoso, pois a pessoa pode se descuidar por não haver um grande impacto na aparência física, como nos outros tipos.

QUAIS SÃO AS CAUSAS?

Na maioria das vezes, as causas da obesidade podem ser atribuídas a uma combinação de vários fatores. Dentre eles, os principais são:

  • Alimentação inadequada;
  • Sedentarismo;
  • Fatores genéticos;
  • Nível socioeconômico;
  • Fatores psicológicos;
  • Fatores demográficos;
  • Nível de escolaridade;
  • Desmame precoce;
  • Estresse;
  • Fumo;
  • Exposição.

A faixa etária de 55 a 64 anos é a mais atingida pelo excesso de peso ou pela obesidade. É nessa idade que as pessoas fazem menos exercícios físicos e o metabolismo fica mais lento, mesmo mantendo o padrão alimentar, o peso costuma aumentar. No caso de mulheres, a menopausa também pode influenciar.

QUAIS OS SINTOMAS?

O excesso de gordura tem efeitos negativos sobre todo o corpo, causando sinais e sintomas desconfortáveis, como:

  • Falta de ar e dificuldades respiratórias, devido à pressão do peso abdominal sobre os pulmões;
  • Dores no corpo, principalmente nas costas, pernas, joelhos e ombros, devido ao excesso de esforço que o corpo faz para suportar o peso;
  • Dificuldade para fazer esforços ou caminhadas, devido ao excesso de peso e descondicionamento do corpo;
  • Dermatites e infecções fúngicas, devido ao acúmulo de suor e sujeira nas dobras do corpo;
  • Manchas escuras na pele, principalmente pescoço, axilas e virilhas, uma reação causada pela resistência insulínica, ou pré-diabetes;
  • Impotência e infertilidade, devido a alterações hormonais e dificuldades para o fluxo sanguíneo nos vasos;
  • Roncos noturnos e apnéia do sono, pelo acúmulo gordura no pescoço e vias respiratórias;
  • Maior tendência a varizes e úlceras venosas, devido a alterações nos vasos e circulação sanguínea;
  • Ansiedade e depressão, devido a insatisfações com a imagem corporal e compulsão alimentar.

Além disso, a obesidade é uma causa determinante de diversas doenças, como por exemplo doenças cardiovasculares, como pressão alta, infarto, AVC, trombose, e impotência, e doenças metabólicas, como diabetes e colesterol alto.

COMO IDENTIFICAR SE A PESSOA ESTÁ ACIMA DO PESO?

O aumento do peso corporal é uma tendência mundial.

Nos Estados Unidos, por exemplo, 35% da população estão acima do peso. O Brasil, apesar de ser um país muito mais pobre, segue a mesma tendência, aqui já há 40% de pessoas com peso acima do normal. É na faixa mais pobre da população que este número mais cresce.

Para identificar que uma pessoa está obesa, na maioria das vezes, utiliza-se o IMC, ou índice de massa corpórea, que é um cálculo que analisa o peso que a pessoa apresenta em relação à sua altura, sendo dividido em diferentes graus:

  • Peso normal: IMC entre 18.0 a 24,9 kg/m2
  • Sobrepeso: IMC entre 25.0 a 29,9 kg/m2
  • Obesidade grau 1: IMC entre 30.0 – 34.9 kg/m2;
  • Obesidade grau 2: IMC entre 35.0 – 39.9 kg/m2;
  • Obesidade grau 3 ou obesidade mórbida: IMC igual ou superior 40 kg/m2.

QUAL O TRATAMENTO?

 O tratamento mais usado e recomendável é a adoção de um estilo de vida mais saudável, que junte uma dieta balanceada com uma rotina de exercícios. Se seguido de forma correta, essa mudança não apenas te ajuda a perder peso como garante que o quadro seja revertido e se estabilize mais facilmente.

Se for mais grave, como em boa parte dos casos de obesidade mórbida, o uso de medicamentos também passa a fazer parte do tratamento, mas sempre em conjunto com a reeducação alimentar e com exercícios físicos. O medicamento jamais deve ser usado sem prescrição, pois além de não ser eficaz sozinho, pode causar sintomas adversos como insônia, aumento da pressão, depressão, ansiedade e até dependência.

A gastroplastia, popularmente conhecida como cirurgia bariátrica, também é empregada no tratamento da obesidade mórbida, em casos em que o paciente não obteve sucesso por meio de outros tratamentos e já sofre com outros problemas relacionados a obesidade, como hipertensão, apneia do sono, diabetes, etc.

Como é um processo cirúrgico, cada caso deve ser avaliado individualmente e todos os pacientes devem se submeter a alguns exames e até a uma avaliação psicológica antes de fazerem a cirurgia. Esse tipo de processo é muito complexo e está sujeito a complicações; a intervenção exige uma mudança nos hábitos alimentares. Para isso, os pacientes devem ter acompanhamento de um nutricionista por um longo tempo após a cirurgia, mesmo porque ela pode resultar na deficiência de algumas vitaminas.

QUAIS AS PRECAUÇÕES?

A forma mais eficaz de se evitar a obesidade é mantendo uma alimentação rica em fibras. Dê preferência a frutas, vegetais e reduza a carne, principalmente as processadas. Evite também bebidas alcoólicas, comidas ricas em carboidratos como pão e arroz branco. Gordura trans, glúten e açúcar também são medidas essenciais.

Outro aspecto fundamental é a prática regular de exercícios físicos, mas é sempre recomendado procurar um profissional antes que possa te indicar quais atividades são mais recomendadas para você. Fazer exercícios físicos faz bem para sua saúde física e mental, já que melhora o humor, melhora a disposição e reduz seu apetite.

RECOMENDAÇÕES

A forma mais eficaz de se evitar a obesidade é mantendo uma alimentação rica em fibras, dando preferências a frutas, vegetais e reduzindo a carne, principalmente as processadas. Evitar bebidas alcoólicas, comidas muito ricas em carboidratos simples como pão e arroz branco; gorduras trans, glúten e açúcar também são medidas essenciais.

Outro aspecto fundamental é a prática regular de exercícios físicos, mas é sempre recomendado procurar um profissional antes que possa te indicar quais atividades são mais recomendadas para você. Fazer exercícios físicos faz bem para sua saúde física e mental, já que melhora o humor, melhora a disposição e reduz seu apetite.

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