
- maio 20, 2020
Muito tem sido dito sobre os benefícios da vitamina D para diversas doenças. Você sabia que o nutriente ajuda a prevenir 17 tipos de câncer, podendo ser um tratamento para doenças autoimunes? 🤔
À vitamina D são atribuídas, principalmente, as funções de estruturação e manutenção do tecido ósseo e equilíbrio dos níveis de cálcio e de fósforo no organismo (homeostase). Além disso, estudos apresentam o envolvimento da vitamina D com outros processos vitais, como a reprodução celular, secreção de hormônios e a atuação no sistema imunológico.
Alguns alimentos, especialmente peixes gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Ela também pode ser produzida em laboratório e ser administrada na forma de suplemento, quando há a deficiência e para a prevenção e tratamento de uma série de doenças. De acordo com os manuais de nutrição, a vitamina possui duas formas:
- Vitamina D2: cuja origem é vegetal e é obtida por meio da ingestão de alimentos.
- Vitamina D3: sintetizada na pele após a exposição solar e produzida em nosso organismo. Ela também é encontrada em todos os suplementos vitamínicos disponíveis em nosso país.
Ambas podem ser obtidas através da alimentação, no entanto somente a D3 é sintetizada a partir da exposição solar.
A função majoritária da vitamina D é melhorar a absorção de cálcio e fósforo que ocorre no intestino e nos ossos. Ao interagir com o tecido ósseo, a substância regula a liberação e promove a reabsorção de nutrientes, que auxilia na estruturação e fortalecimento dos ossos, mantendo o equilíbrio do plasma sanguíneo. Além disso, outros órgãos e células respondem à ação da vitamina D, como o cérebro, coração, estômago e pulmões.
Para que a Vitamina D serve?
O nutriente tem como principal função permitir que o cálcio dos alimentos seja absorvido no intestino, além do fósforo, e em quantidades capazes de manter o regular funcionamento celular, neuromuscular, assim como a saúde dos ossos, garantindo-lhes poder de crescimento e reparação. Quando a vitamina D age no seu corpo ela se transforma em um “poderoso hormônio” chamado calcitriol. A substância também está envolvida nos seguintes processos orgânicos:
- Equilíbrio das defesas do corpo (sistema imunológico);
- Controle da pressão arterial;
- Proteção contra a formação de tumores;
- Inibição de processos inflamatórios;
- Metabolismo dos carboidratos (diminuindo o risco de diabetes e doenças metabólicas)
Como saber se você tem alguma deficiência?
Algumas pessoas podem mesmo apresentar insuficiência ou deficiência da vitamina. Quando há suspeita disso, um médico pode avaliar seu estado geral de saúde e solicitar a dosagem de um metabólito dela chamado 25-hidroxivitamina D, cujos valores de referência seguem as orientações de duas entidades: o IOM (Institute of Medicine) e a ES (Endocrine Society).
Aqui, no Brasil, um grupo de especialistas da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) está preparando um documento para justificar quais os melhores níveis para a população em geral e a de risco. Para os primeiros, o limite de “normalidade” será a dosagem sanguínea de 20 ng/ml; para os segundos, 30 ng/ml.
Compare a qualificação da IOM:
- Adequado: acima de 20 ng/ml
- Inadequado: abaixo de 20 ng/ml
Parâmetros sugeridos pela ES:
- Suficiente: acima de 30 ng/ml
- Insuficiente: entre 20-30 ng/ml
- Deficiente: abaixo de 20 ng/ml
É necessário tomar sol?
Sim!
Os raios solares são a melhor e mais fácil fórmula para absorção de vitamina D. O tempo médio de exposição ao sol para pessoas de pele clara é de 15 a 20 minutos, três vezes por semana. Já para quem tem a pele mais escura, é indicado um tempo de 3 a 5 vezes maior para sintetizar a mesma quantidade de vitamina D que as pessoas de pele clara. O melhor horário para que haja sintetização da vitamina D pelo organismo é das 10h às 15h, devido ao ângulo das incidências de raios solares.
Para pessoas com pele, olhos ou cabelos claros e pessoas com risco de câncer de pele, essa recomendação não é indicada, sendo necessário, em alguns casos, a suplementação recomendada por um profissional de saúde.
Quais os alimentos ricos em Vitamina D?
Sabendo que a alimentação também é peça-chave para você turbinar a absorção da vitamina D no seu corpo, elencamos as principais fontes para você colocar na sua dieta:
- Bife de fígado
- Gema de ovo
- Atum
- Sardinha
- Salmão selvagem
- Queijos
- Cogumelos
- Ostra
- Leite fortificado
- Iogurte
- Manteiga
A vitamina D somente está presente em alimentos de origem animal e em alguns produtos fortificados. Dessa forma, não é possível encontrá-la em fontes vegetais, tais como frutas, verduras e grãos. Para indivíduos vegetarianos ou veganos que não consomem carne, ovo, leite e derivados, uma opção de alimento que contêm vitamina D, são os cogumelos. Mesmo consumindo altas quantidades de alimentos fonte de vitamina D, dificilmente esta será suficiente para suprir as quantidades diárias recomendadas desta vitamina.
Lembrando que, já que poucos alimentos contêm quantidades expressivas deste nutriente e, mesmo aqueles que o têm, é difícil consumi-lo todos os dias. As fontes alimentares correspondem somente 10 a 20% de toda vitamina D necessária para os seres humanos. O restante deverá ser obtido por meio da exposição solar e com o uso de suplementos de vitamina D3.
O que causa a falta de Vitamina D?
Como o rim participa da ativação dos precursores de vitamina D, doenças renais elevam os riscos de deficiência vitamínica. Além disso, a fibrose cística pode acometer o órgão e resultar na hipovitaminose.
Condições que afetam o intestino e alteram a absorção de vitaminas também podem incidir na deficiência de vitamina D, entre elas a doença celíaca, a síndrome do intestino curto e a doença de Chron.
Além disso, pedras na vesícula alteram a secreção de bile e reduzem a absorção de vitaminas lipossolúveis, entre as alterações resultante está a hipovitaminose D.
E se houver excesso de Vitamina D no organismo?
A superdosagem é uma condição pouco comum, pois, geralmente, a população apresenta carência nos níveis da vitamina D. Porém, a utilização excessiva de suplementos ou alterações do organismo podem acarretar numa hipervitaminose.
A ingestão recomendada de suplemento e polivitamínicos não traz malefícios à saúde e são poucos os efeitos colaterais relatados. No entanto, doses elevadas de vitamina D podem afetar os rins e causar efeitos adversos.
Em geral, a intoxicação pelo componente ocorre em torno de 150 mcg/mL e pode demorar meses para ser eliminada do organismo. Além disso, há casos relacionando o excesso de vitamina D com outros sintomas, como:
- Distúrbios digestivos;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Tontura;
- Desidratação;
- Alteração do fluxo intestinal (diarreia ou constipação);
- Perda de massa óssea;
- Insuficiência renal;
- Confusão mental.
Para prevenir a falta de vitamina D, aproveite as oportunidades de se expor ao sol, sem exageros. Capriche na alimentação, incluindo alimentos que sejam fonte de vitamina D. Em gotas, cápsulas ou comprimidos, os suplementos de vitamina D podem ser usados para normalizar e manter os níveis de vitamina D e assim, melhorar a saúde geral.