Todas as pessoas sentem ansiedade em alguns momentos da vida, isto é normal. Mas para algumas pessoas, este sentimento é mais frequente e intenso, afetando o dia-dia.

O QUE É ANSIEDADE?

A ansiedade é uma reação normal. Ela é um mecanismo do nosso cérebro que serve para nos alertar em situações adversas e desconhecidas, podendo ser “ativada” diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa.

Sendo assim, é normal ficarmos ansiosos horas antes de uma entrevista de emprego, quando está pra sair a lista dos aprovados num concurso, no dia do nascimento de um filho, um pouco antes de uma viagem ou de uma cirurgia delicada.

EM QUE MOMENTO A ANSIEDADE PASSA A SER PATOLÓGICA?

O transtorno da ansiedade generalizada (TAG), segundo o manual de classificação de doenças mentais (DSM.IV), é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de difícil controle.

Nesses casos, o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos geradores do transtorno, causa muito sofrimento e interfere na qualidade de vida e no desempenho familiar, social e profissional dos pacientes.

Por exemplo, quando você deixa de efetuar uma tarefa rotineira, falta a compromissos e quando a angústia que ela provoca começa a refletir fisicamente em seu corpo.

O transtorno da ansiedade generalizada pode afetar pessoas de todas as idades, desde o nascimento até a velhice.

E não só existe o transtorno de ansiedade generalizada. Há outros distúrbios de ansiedade, como:

  • Fobias;
  • Transtorno obsessivo compulsivo;
  • Ataque de pânico;
  • Transtornos de estresse pós-traumático;
  • Ansiedade generalizada.

Todos os distúrbios de ansiedade são provocados por desordens do sistema nervoso simpático, que libera, na circulação, quantidades inadequadamente altas dos hormônios envolvidos na reação de estresse.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

A ansiedade e seus transtornos podem causar sintomas tanto mentais quanto físicos, que atrapalham o dia a dia de diversas formas. Veja quais são os principais:

  • Tontura;
  • Tremores;
  • Sudorese;
  • Falta de ar;
  • Taquicardia;
  • Gagueira;
  • Insônia;
  • Desmaios;
  • Constante tensão ou nervosismo;
  • Sensação de que algo ruim vai acontecer;
  • Problemas de concentração;
  • Medo constante;
  • Descontrole sobre os pensamentos, principalmente dificuldade em esquecer o objeto de tensão;
  • Preocupação exagerada em comparação com a realidade;
  • Agitação dos braços e pernas.

É POSSÍVEL TER ATAQUES DE PÂNICO? 

Os ataques de pânico são uma reação comum aos transtornos de ansiedade, principalmente na síndrome do pânico. Suas principais características são:

  • Sensação de nervosismo e pânico incontroláveis
  • Sensação de morte
  • Aumento da respiração
  • Aumento da frequência cardíaca
  • Tonturas e vertigens
  • Problemas gastrointestinais.

Em alguns casos, os sintomas físicos são tão intensos que podem ser confundidos com doenças como infarto e outros eventos cardiovasculares.

HÁ RELAÇÃO ENTRE ANSIEDADE E DEPRESSÃO?

Muitas pessoas acreditam que ansiedade e depressão são quadros opostos como muita gente acredita, eles inclusive têm sintomas muito semelhantes, como:

  • Medos;
  • Insônia;
  • Insegurança;
  • Dificuldades de concentração
  • Irritabilidade.

Grande parte das pessoas com transtornos de ansiedade evitam as situações que podem desencadear sintomas e, com isso, passam a viver de forma muito restrita. Assim como, não sair de casa sozinho, não participar de encontros e outros eventos sociais, ficar preocupado com tudo e acabar não fazendo nada, e por aí vai. Quanto mais a ansiedade abala a vida de uma pessoa, maior a chance de ela ficar deprimida.

Por fim, tanto a ansiedade quanto à depressão costumam estar ligadas a disfunção de neurotransmissores chamado monoaminas, que englobam a serotonina.

QUAIS SÃO AS CAUSAS?

Não se sabe ao certo por que algumas pessoas são mais propensas à ansiedade descontrolada do que outras. Alguns dos fatores que podem estar envolvidos nisso são:

  • Genética, ou seja, histórico familiar de transtornos de ansiedade;
  • Ambiente, por exemplo passar por algum evento traumático ou estressante;
  • Mentalidade ou modelo de pensamento, ou seja, a forma como a pessoa estrutura seus pensamentos ou linhas de raciocínio e, consequentemente, encara as situações do dia a dia;
  • Doenças físicas.

COMO CONTROLAR A ANSIEDADE?

Aprendemos a controlar a ansiedade quando descobrimos seus gatilhos. Uma das melhores ferramentas atuais para lidar com os momentos ansiosos é a psicoterapia.

É possível identificar gatilhos por conta própria ou com o terapeuta. Às vezes, podem os caminhos são óbvios, como o consumo excessivo de cafeína, álcool ou cigarro. Outras vezes, eles podem ser menos óbvios.

Problemas de longo prazo, como dificuldades financeiras ou relacionadas ao trabalho, podem levar algum tempo até descobrirmos. Podemos ser impactados por uma data de vencimento, uma pessoa ou a situação e não percebermos. Isso pode exigir algum apoio extra, através de terapia ou com amigos e mentores.

Quando você descobrir seu gatilho, tente limitar sua exposição, se puder. Se você não consegue ou não pode reduzir o contato, por exemplo, um ambiente de trabalho estressante que não pode ser alterado no momento, o uso de outras técnicas de enfrentamento pode ajudar.

QUAL O DIAGNÓSTICO?

Como dissemos, ansiedade é algo normal e inerente ao ser humano, entretanto, quando ela passa a ser patológica e começa a dar sinais excessivos, é preciso procurar ajuda psicológica e psiquiátrica.

O diagnóstico leva em conta a história de vida do paciente, a avaliação clínica criteriosa e, quando necessário, a realização de alguns exames complementares.

Após uma avaliação e estudo do caso, o médico define qual método de tratamento é o mais indicado para cada caso. Os tratamentos dividem-se em três tipos:

  • Acompanhamento terapêutico, com um psicólogo ou terapeuta;
  • Uso de medicamentos receitados e controlados;
  • A combinação dos dois fatores acima: medicamento e terapia.

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