Para se suspeitar desta doença, é necessário ter alguns sinais e sintomas que surgem em conjunto ou pioram ao longo do tempo, sendo aconselhado se consultar com um neurologista ou geriatra para confirmar o diagnóstico.

 

O que é?

O nosso cérebro não é responsável apenas pelos nossos pensamentos e raciocínios. Todo movimento que fazemos, desde um simples piscar de olhos até o ato de andar, há uma ordem vinda do sistema nervoso central. Assim, através de neurotransmissores, ela chega ao seu destino final, os músculos.

Assim, a Doença de Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Ela ocorre devido a degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas característicos da doença.

Quais os sintomas?

1) Tremor

O tremor do Parkinson acontece quando a pessoa está parada, em repouso, e melhora quando ao fazer algum movimento. É mais comum nas mãos, sendo um tremor com grande amplitude, que imita o movimento de contar dinheiro, mas também pode aparecer no queixo, lábios, língua e pernas. É mais comum que seja assimétrico, ou seja, em apenas um lado do corpo, mas isto pode variar. Além disto, é comum que piore em situações de estresse e ansiedade.

2) Rigidez

A rigidez dos músculos também pode ser assimétrica ou estar mais presente em algum local do corpo, como braços ou pernas, dando uma sensação de estar endurecido, impedindo atividades como caminhar, se vestir, abrir os braços, subir e descer escadas, além de dificuldade para realizar outros movimentos. Também é comum haver dor muscular e cansaço excessivo.

3) Lentidão

Situação conhecida como bradicinesia, que acontece quando há a diminuição da amplitude dos movimentos e a perda de certos movimentos automáticos, como piscar os olhos. Assim, a agilidade para fazer movimentos rápidos e amplos fica comprometida, o que dificulta a realização de tarefas simples, como abrir e fechar as mãos, se vestir, escrever ou mastigar.

4) Desequilíbrio

A rigidez e lentidão do corpo fazem com que haja dificuldade de controlar os reflexos, tornando difícil se equilibrar, ficar de pé sem ajuda e manter a postura, havendo grande risco de quedas e dificuldade para andar.

5) Postura Encurvada

Alterações da postura estão presentes nas fases mais avançadas e finais da doença, que inicia-se com uma postura mais encurvada, mas, se não for tratada, pode evoluir para contração das articulações e imobilidade.

6) Congelamento

Em alguns momentos, para haver um súbito bloqueio para iniciar movimentos, conhecido como congelamento ou freezing, sendo comum acontecer enquanto a pessoa anda, fala ou escreve.

Existem outros sintomas?

Além dos sintomas citados, que são fundamentais para se suspeitar da doença de Parkinson, existem outras manifestações que também são comuns na doença, como:

  • Alterações do sono, como insônia, pesadelos ou sonambulismo;
  • Tristeza e depressão;
  • Tontura;
  • Dificuldade para sentir cheiros;
  • Suor excessivo;
  • Dermatites ou irritações na pele;
  • Intestino preso;

Quando desconfiar que os tremores têm ligação com o Parkinson?

O tremor da doença de Parkinson é característico. Ele é chamado de tremor de repouso, ou seja, é mais evidente ou exclusivo quando a mão do paciente está parada, seja em repouso quando o paciente está sentado, seja quando ele está em pé com os braços relaxados.
Quando o paciente executa algum movimento a tendência do tremor é diminuir ou desaparecer. Além disso, caracteristicamente o tremor é assimétrico, ou seja, é mais evidente em apenas um lado do corpo (geralmente as mãos), e com o passar dos anos pode afetar o outro lado.
Vale lembrar que nem todos os pacientes com doença de Parkinson apresentam tremor. Em 30% dos pacientes ele está ausente, sendo a lentidão dos movimentos e a rigidez os sintomas mais evidentes.

Como a doença evolui?

A progressão é muito variável e desigual entre os pacientes. Em geral, possui um curso vagaroso, regular e sem rápidas ou dramáticas mudanças.

O que fazer se suspeitar de Parkinson?

Na presença de sintomas que indiquem Parkinson, é importante consultar um neurologista ou um geriatra para que seja feita uma avaliação clínica completa e solicitar exames que identifiquem se existe outro problema de saúde que possa estar provocando esses sintomas, uma vez que não existe um exame específico para o mal de Parkinson.

A doença tem cura?

Ainda não há cura. Quando diagnosticado, o paciente é tratado com medicamentos para amenizar os sintomas de Parkinson e desacelerar o progresso da doença. Em alguns casos, fisioterapia e  cirurgia são recomendadas.

Também, não há provas exatas sobre como prevenir, no entanto, sabe-se que a prática de exercícios físicos que fortalecem a musculatura do corpo pode gerar menor risco de desenvolver os sintomas de Parkinson.

 

Tratamentos

 

Medicamentos

O uso de remédios é adotado para amenizar os tremores, por meio do aumento da produção de dopamina no corpo. Nesses casos, é comum que o paciente sinta melhora no começo, como um pico de ação, mas encare a diminuição ao longo do tempo. Isso se chama flutuação motora.

 

Fisioterapia

Procurar por um fisioterapeuta é importante para ajudar a controlar o movimento do corpo e evitar a atrofia dos membros.

 

Cirurgia

Quando não respondem aos medicamentos, os pacientes podem realizar cirurgia no cérebro. Há duas opções: na primeira, são implantados estimuladores elétricos para ajudar no movimento. Já na segunda, são eliminados os tecidos cerebrais que causam os sintomas de Parkinson.

 

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