A doença que assombra tantos homens, tem como uma das principais causas o hormônio masculino, testosterona. Que após ser convertido para dihidrotestosterona, age no folículo capilar, gerando a redução na produção de cabelo, além de gerar fios mais finos e fracos, resultando na calvície total.
O cabelo é uma proteção natural da pele da cabeça. Age, em especial, como filtro solar natural, protegendo contra o frio e o traumatismo. A quantidade média de cabelos no couro cabeludo varia de 100 a 150 mil fios. O ciclo biológico dos folículos pilosos não é sincronizado entre as unidades adjacentes, assumindo comportamento de mosaico no couro cabeludo.
Uma pessoa perde, em geral, de 100 a 130 fios por dia; e ele cresce 0,35 mm a cada 24 horas. Em geral, o ciclo normal do cabelo programado geneticamente resulta numa troca de todos os fios num período de 3 a 5 anos, variando de pessoa para pessoa.
Esse fenômeno pode ser percebido pelos pacientes de duas maneiras. Veja quais:
- Ao dividir o cabelo ao meio, a linha de divisão fica mais evidente (sinal da risca);
- Ao prender o cabelo (rabo de cavalo), o prendedor fica mais solto ou é necessário dar mais voltas no elástico utilizado.
Conforme evolução do quadro, o couro cabeludo torna-se mais evidente, podendo ficar totalmente aparente nos casos mais avançados. Depois das “entradas”, a calvície atinge o topo da cabeça, formando um círculo sem cabelos. Quando progride, afeta toda a área superior da cabeça, sobrando apenas um pouco de cabelo nas faixas laterais e atrás da cabeça.
Ou seja…
A calvície, ou alopécia, é a doença que causa a redução ou a perda total dos fios em determinada área do corpo em que haja pelos. Entretanto, o caso mais comum entre os homens é na cabeça.
O início da calvície se dá pelo afinamento dos fios de cabelo. O problema continua avançando com o tempo, sempre com fios cada vez mais finos substituindo os anteriores, até que, de fato, param de nascer definitivamente.
Com cada vez menos cabelos, a calvície faz com que a área frontal da cabeça e a parte de cima, as duas áreas mais afetadas, fiquem com poucos fios. Por isso, os homens calvos têm mais cabelo nas regiões laterais da cabeça.
E no caso das mulheres?
No caso das mulheres, a patologia geralmente se manifesta após a menopausa, quando elas deixam de contar com a ação protetora de hormônios como o estrogênio. Diferentemente dos homens, as mulheres que apresentam calvície não desenvolvem as entradas, mas passam a ter fios cada vez mais finos e em menor quantidade, podendo deixar à vista o couro cabeludo.
Outra diferença relevante entre os gêneros é o período em que a alopecia começa a se desenvolver. Nos homens, a calvície é mais precoce, começando, em média, a partir dos 18, e se intensificando dos 20 aos 30 anos. Na mulher, a condição começa por volta dos 30 anos, se acentuando após a menopausa.
Quais são as causas?
As causas da calvície são variadas, não somente sendo relacionadas a fatores hereditários, como muito se acredita. Ter a consciência disso é muito importante para evitar que o problema te atinja caso você não tenha a predisposição genética.
As duas principais causas da queda permanente dos cabelos são a hereditariedade e os hormônios masculinos. Ambos promovem a atrofia dos folículos (bulbos) capilares e aceleram a queda definitiva.
As outras causas relacionadas, são:
- Excesso de oleosidade, típico da dermatite seborreica;
- Aplicação exagerada de produtos químicos;
- Distúrbios da tireoide;
- Má alimentação;
- Carência de vitaminas;
- Medicamentos;
- Estresse.
Após cirurgias e partos e durante as aplicações de quimioterapia, a perda de cabelo pode ser mais intensa, mas é passageira. Nesses casos, cessada a causa, o cabelo volta a crescer.
Quais os tipos de alopecia?
Entre os tipos de alopecia mais frequentes destacam-se três: a androgenética, a areata e a difusa. Saber a que tipo corresponde a perda de cabelo e as suas causas, é um fator primordial para encontrar o tratamento mais eficaz.
Alopecia Androgenética
A alopecia androgenética é a perda de cabelo causada por fatores genéticos. É o tipo de alopecia mais comum na nossa sociedade, e que afeta, de uma forma geral, a maior parte dos homens, apesar de também se poder manifestar nas mulheres.
A sua característica principal é a perda progressiva de cabelo na zona das entradas. Calcula-se que 90% dos homens com mais de 21 anos apresentam sinais de alopecia nesta zona e que uma vez atingida a idade de 40 anos, 50% dos homens tem a zona da parte superior do crânio despovoada.
A alopecia androgenética produz-se pela presença da enzima 5-alfa-redutase e da hormona dihidrotestosterona, responsáveis pela queda do cabelo. A enzima transforma a testosterona em dihidrotestosterona (DHT), responsável pela redução do número de folículos pilosos, fazendo com que as membranas do couro cabeludo se tornem rígidas.
Alopecia Difusa
A alopecia difusa é a perda de cabelo progressiva e generalizada, que não chega a produzir calvície total. Afeta tanto homens como mulheres. Nestes casos, o cabelo adquire um aspeto fraco e sem vida, e percebe-se a sensação de escassez.
Este tipo de alopecia pode desenvolver-se, entre outros fatores, por causas endócrinas, por medicamentos ou pela alimentação. No primeiro caso constitui um sintoma de que existem problemas nas glândulas endócrinas, como por exemplo hipertiroidismo ou hipotiroidismo, patologias que costumam provocar a perda difusa do cabelo.
Quanto à alopecia feminina, a causa mais frequente é a passagem do tempo, que faz com que o cabelo se torne mais fraco, frágil e fino. Esta também está relacionada com a etapa da menopausa, devido aos efeitos das alterações hormonais que ocorrem nessa altura e que afetam tanto o ritmo de crescimento do cabelo como o estado do mesmo.
Alopecia Areata
A alopecia areata pode afetar homens, mulheres e crianças. Em alguns casos, a perda do cabelo pode verificar-se depois de um evento importante, como uma doença, uma gravidez ou um traumatismo.
Este tipo de alopecia manifesta-se por uma perda de cabelo em zonas concretas, fundamentalmente no couro cabeludo, mas que também pode surgir noutras partes do corpo. As causas pelas quais se produz vão desde a genética até ao stress, passando por determinadas doenças e fatores de tipo ambiental.
É frequente a alopecia areata começar a manifestar-se através de sintomas como uma ou duas áreas de perda de cabelo, muito frequentemente no couro cabeludo. Mas também pode verificar-se na barba, nas sobrancelhas, e nos braços ou pernas.
Alopecia Cicatricial
A alopecia cicatricial é a calvície que se produz como resultado da má-formação, dano ou destruição dos folículos pilosos. Existem diferentes tipos de alopecia cicatricial:
- Alopecia cicatricial primária: este tipo de alopecia produz-se por alterações no desenvolvimento do folículo piloso, ou por alterações hereditárias.
- Alopecia cicatricial primária adquirida: existem determinadas dermatoses de origem autoimune ou de causa desconhecida que podem provocar a alopecia cicatricial.
- Alopecia cicatricial secundária: este tipo de alopecia aparece quando o folículo piloso se destrói secundariamente no decorrer de uma infeção, processo tumoral ou secundariamente em processos físicos como a radioterapia ou queimaduras. A comichão (dermatofitose) do couro cabeludo também pode dar lugar a uma alopecia cicatricial.
Mas, afinal, existe cura para a calvície?
A calvície não tem cura, mas tem tratamento. Por isso, é importante que você contate o médico especialista para esse tipo de caso. Assim, ele irá avaliar a causa especifica e promoverá um tratamento eficaz.
Alguns casos de perda de cabelos merecem atenção especial. Fique atento. Nem todos os tratamentos para calvície (muitos se dizem milagrosos) produzem os efeitos desejados. Ao contrário, as reações colaterais podem ser realmente adversas. Por isso, não se automedique.
Procure um dermatologista se notar que:
- Os cabelos estão caindo mais depressa e em maior quantidade nos últimos meses, ou caem em tufos;
- O couro cabeludo está vermelho, coça muito ou arde;
- A produção de oleosidade está muito acima do normal;
- Sinais de caspa aparecem nas roupas e nos fios.
Para finalizar, lembre que, como todas as outras funções do organismo, a renovação dos cabelos fica mais lenta com o passar dos anos e parte dos fios que caíram não voltam a crescer. De acordo com a herança genética, esse tipo de alopecia atinge em graus diferentes os homens e as mulheres depois os 50 anos.