Se a dengue costuma reinar no verão, a gripe faz mais estragos no inverno. As doenças, apesar de serem transmitidas de formas diferentes, acabam sendo confundidas pelos sintomas iniciais.
O surto do coronavírus oriundo da China vem causando preocupação entre os brasileiros. Porém, ele não deve tirar o foco de doenças infecciosas que estão presentes entre nós. Normalmente, elas podem ser até mais contagiosas e mortais. É necessário ficar atento(a)!
Entre as doenças, estão:
- Dengue
- Febre Amarela
- Sarampo
As duas primeiras são transmitidas por mosquitos, enquanto a transmissão da terceira é entre humanos.
O QUE É A DENGUE?
A dengue é uma doença febril aguda causada por vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Muitas vezes, os sintomas do tipo mais leve da doença são confundidos com a gripe, enquanto sua forma mais grave, a dengue hemorrágica pode levar à morte.
1) DENGUE CLÁSSICA:
A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sinais como:
- Febre alta (39° a 40°C)
- Dores de cabeça
- Cansaço
- Dores e nas articulações
- Indisposição
- Enjoos
- Vômitos
- Tontura
- Perda de apetite e paladar
2) DENGUE HEMORRÁGICA:
A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez.
Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos.
- Dor abdominal forte e contínua
- Vômitos persistentes
- Pele pálida, fria e úmida
- Sangramento pelo nariz, boca e gengivas
- Manchas vermelhas na pele
- Comportamento variando de sonolência à agitação
- Confusão mental
- Excesso de sede e boca seca
- Dificuldade respiratória
- Queda da pressão arterial
Fique atento aos sintomas. Os principais são: dor abdominal severa, dificuldade em respirar ou sangramento no nariz, vômito ou diarreia. Se esses sinais persistirem, procure um pronto-socorro imediatamente e explique ao médico o que está sentindo.
O QUE É CORONAVÍRUS?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto após casos registrados na China. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).
A disseminação do vírus de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.
Apesar disso, a transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
- Gotículas de saliva;
- Espirro;
- Tosse;
- Catarro;
- Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
- Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os sinais e sintomas clínicos do novo coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.
Os principais são sintomas são:
- Febre
- Tosse
- Dificuldade para respirar
Orientamos cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
- Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
- Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente.
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
- Manter os ambientes bem ventilados.
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas.
Nesse contexto, apenas devem procurar as unidades de saúde os pacientes que apresentem febre persistente após 24 horas, com sintomas de desconforto respiratório e que tenham estado ou tido contato com pessoas que estiveram em 16 países, com transmissão interna do vírus nas últimas duas semanas.